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registro: 14/02/2009
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As curvas e as retas da Psicologia

As curvas e as retas da Psicologia


Hoje dirigindo de volta para casa depois da faculdade, me pego pensando que são nas curvas que me sinto mais tenso... E nesse pensamento
tentei fazer uma analogia com a psicologia. Sabemos que em uma pista temos retas e curvas. Pensando na reta temos a possibilidade de
demonstrar toda a nossa potência existente em uma máquina, mas isso depende do motor e suas cilindradas, ou seja, a tecnologia que vai
fazer a diferença.


Pensando na psicologia o que seriam as retas? Imaginei sendo a teoria e os instrumentos psicológicos, onde não depende somente de nós o
sucesso como fracasso. Compreender que assim como a tecnologia é atualizante, a psicologia e sua teoria/instrumentos também são.


As curvas... Aquilo que remete ao medo. Se pensarmos que dependendo da curva você não consiga enxergar o fim da linha ou até mesmo o
inicio de outra reta, pode acarretar uma certa insegurança. Entendendo que não se vive apenas de retas, e nesse ponto de vista podemos
imaginar diversos comportamentos. São nas curvas onde utilizamos a maioria das técnicas. E essas técnicas vêm antes de iniciar o
processo de curva, durante e quando você finaliza a curva. A explosão de uma reta vai depender da máquina, mas a chegada da
curva é um início de uma grande técnica que termina quando sai por completo dessa curva.


Assim como pensamos na reta sobre a psicologia não deixaria de comparar as curvas com ela. E afinal o que seria as curvas na psicologia?
Penso ser a prática, pois é nela que requer tanto cuidado. Não quero que penses em uma pista de fórmula 1 com vários competidores e
sim você sozinho nela, pois eu não descarto os competidores, mas se colocarmos nesse texto seria algo mais complexo e extenso.
Pensando dessa forma, acredito que muitos estão competindo e a questão é o pódio.


Temos como exemplo Ayrton Senna que mostrou o quanto podemos nos superar e ir além do que imaginamos. Encontrava forças e
criatividade na carência tecnológica da época, e mantinha o equilíbrio entre a agressividade e a paciência. Como homem, foi uma das
mais perfeitas máquinas de guiar um carro que jamais foram vistas em toda história do automobilismo. Senna era conhecido como
Rei da chuva, mas poucos sabem que na sua primeira experiência com a chuva ele acabou perdendo uma corrida na qual ele estava na
frente, e exatamente em uma curva ele acabou sobrando e isso o deixou frustrado. E depois disso quando chovia ele saia de casa e iria
treinar na chuva até escurecer. – Lembra Viviane Senna (Irmã). Entende-se que na maioria das vezes é nas curvas que batemos e saímos
da pista, que além das dificuldades de disputar com o outro, temos a disputa do ambiente, disputa tecnológica e por fim a disputa
sentimental. Nesse pressuposto não é apenas a potência ou a tecnologia que ganha uma corrida, mas toda técnica e o sentimento posto na máquina.


Então me pergunto o que seria necessário pra obtermos o pleno sucesso, não é só depender da tecnologia e nem depender só da prática e sim
harmonizar os dois, conhecer seus limites e compreender que não tem como ser um ou outro, pois na vida encontramos retas e curvas.   



Lombra Júnior